No atual contexto de crise enfrentado pelo país, investir em um novo empreendimento é algo que deve ser profundamente estudado. Afinal, é preciso saber planejar seu fluxo de caixa e entender qual será seu payback para analisar se o negócio será, de fato, lucrativo.

Apesar de todo empreendimento ter seu risco, calcular o tempo que levará para seu investimento ter retorno é importante para a viabilidade da empresa. Exatamente por isso, neste post vamos apresentar a você o que é payback e suas formas de calculá-lo. Confira!

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O que é payback

Payback (ou "retorno", em português) é o cálculo que representa o tempo que levará para seu investimento "se pagar".

Esse é o tempo que leva para que os rendimentos acumulados se igualem ao investimento inicial. Em outras palavras, esse cálculo mostra o tempo que o investidor levará para recuperar sua aplicação inicial. E para que esse cálculo seja preciso, é necessário ter um fluxo de caixa organizado.

Com um sistema de gestão financeira como o Flua, manter o fluxo de caixa organizado torna-se mais fácil e prático.

Como calcular o payback

O cálculo do payback está diretamente ligado ao fluxo de caixa — que, por sua vez, deve ser planejado conforme a realidade da empresa para que não haja enganos.

Supondo que você possua o seu fluxo de caixa projetado, como na situação abaixo, vamos ao cálculo do payback. Para simplificar seu entendimento, vamos utilizar um saldo médio de fluxo de caixa de R$ 3.000,00, considerando um fluxo de 12 meses e um investimento inicial de R$ 30.000,00. Sendo assim, considere:

  • PB: investimento inicial/saldo médio do fluxo de caixa
  • PB: R$ 30.000,00/R$3.000,00= 10 meses

Dica: Fluxo de caixa projetado: o que é e como fazer

Nesse caso, levará 10 meses para que o investidor tenha o retorno dos R$ 30.000,00 que foram investidos.

Não se apavore se nos primeiros meses o saldo do seu fluxo de caixa ficar negativo — isso é normal. Com os resultados positivos dos meses seguintes, o saldo se torna positivo, e quando isso ocorrer significa que o tempo que o cálculo do payback mostrou foi alcançado.

Relação entre payback e fluxo de caixa

Depois de compreender o que é payback, é primordial analisar sua relação com o fluxo de caixa. Ao acompanhar o exemplo anterior, você já consegue supor qual relação é essa, não é mesmo?

Isso porque, sem mensurar suas receitas e despesas com precisão, mês a mês, seu cálculo de payback ficará comprometido. Imagine uma situação em que a previsão de determinadas receitas não se confirme na prática. As receitas que não entraram em seu caixa deverão ser subtraídas do cálculo de payback.

Dessa maneira, você deve se esforçar para implementar uma gestão financeira eficiente em seu negócio, de modo que haja uma programação precisa de seus custos e margem de lucro. E se você acha complicado organizar, o Flua pode te ajudar! Com ele, é possível utilizar os dados financeiros de maneira inteligente, gerando relatórios das receitas e despesas, separados por período, setores ou conforme suas necessidades. 

Vantagens e desvantagens do payback

Assim como qualquer outro indicador de desempenho, o payback tem suas vantagens e desvantagens. O que acontece é que ele pode sofrer influências de outras variáveis que poderão, por sua vez, alterar o resultado final.

Dica: Saiba a diferença entre lucro e faturamento

Veja algumas vantagens em utilizar o payback:

  • utiliza uma fórmula de simples compreensão;
  • mostra o tempo que seu investimento começará a ter liquidez;
  • é utilizado para verificar a viabilidade do negócio.

Entre as desvantagens podemos citar:

  • trabalha com prazos mais curtos;
  • desconsidera as entradas que ocorrem após o investimento ter sido recuperado, (significa que o investimento pode continuar dando lucro após o investimento ter sido pago);
  • aplicação incompatível aos negócios de grande porte ou projetos muito complexos.

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Payback e outros indicadores

Como mencionado, o payback carrega consigo vantagens e desvantagens. De modo a contornar os problemas, é interessante utilizar, em caráter complementar, outros tipos de indicadores.

A seguir, listamos outros três indicadores para que você os conheça de forma preliminar e, posteriormente, busque maiores informações a respeito. Acompanhe:

Return Over Investment – ROI

Em tradução livre, return over investment significa retorno sobre investimento. E, como o próprio nome faz entender, trata-se de quanto de seu investimento foi convertido em lucro.

Uma das aplicações mais intuitivas do ROI acontece com gastos em marketing e publicidade. Quanto a isso, você pode pensar em uma correlação do tipo: “a cada R$ 1,00 gasto em anúncios, quanto eu recebo em vendas?”

Assim, caso você tenha investido R$ 20.000,00 em marketing em um ano, e suas vendas, no mesmo período, tenham aumentado R$ 60.000,00, seu ROI será de 300%. E, tal qual o Payback, o ROI apresenta suas limitações, que nesse caso passa pela influência de fatores externos.

Tenha em mente que o acréscimo ou decréscimo em vendas podem ser atribuídos a outros fatores, e não somente ao investimento em marketing.

VPL e TIR

O Valor Presente Líquido — VPL e a Taxa Interna de Retorno — TIR são indicadores que objetivam demonstrar qual é a viabilidade financeira de determinados empreendimentos em fase de implementação. Todos os cálculos tomam por base as estimativas dos investimentos iniciais e a projeção de seu fluxo de caixa

No caso do VPL, do valor de investimento inicial desconta-se as receitas obtidas nos períodos seguintes. Suponhamos que, em janeiro, você investiu R$ 50.000,00 em um novo negócio. Nos meses subsequentes, todas as receitas obtidas serão descontadas desse capital inicial. Muito parecido com o payback, não é mesmo?

A grande diferença é que todos os valores em questão são corrigidos por uma taxa de desconto, que se refere a um percentual correspondente aos juros de uma aplicação em renda fixa.

Isso serve para que você possa prever se investir seu dinheiro em uma aplicação financeira não seria mais vantajosa em comparação a iniciar um novo negócio. Veja a fórmula a seguir do cálculo de VPL:

VPL = FC + FC1/(1+i)^(j+1) + FC2/(1+i)^(j+2) + … + FCn/(1+i)^(j+n)

VPL = O Valor Presente Líquido

FC = Fluxo de Caixa

i = Taxa de desconto escolhida

j = 1

A Taxa Interna de Retorno — TIR, por sua vez, nada mais é que uma representação de quanto deveria ser a taxa de retorno de uma aplicação, a fim de verificar se ela seria mais vantajosa que investir em seu negócio.

Para chegar a esse valor, basta comparar a lucratividade percentual de seu negócio com a taxa média de remuneração de aplicações em renda fixa. Nesse caso, se faz necessário escolher o tipo de aplicação de forma deliberada.

Podemos pensar, por exemplo, no tesouro direto prefixado ou letras de crédito, por se tratarem de investimentos mais rentáveis que a poupança.

Payback simples e Payback descontado

Como você viu até agora, o payback simples é de fácil entendimento, mas ele não acompanha a cotação do dinheiro em tempo real. Basicamente, seu cálculo é demonstrado até o momento em que o investimento é todo recuperado, desconsiderando a lucratividade que o negócio pode ter após o período estimado.  

Portanto, para que essa diferença de poder econômico seja considerada de forma correta, temos a taxa de desconto (TMA) que é utilizada no payback descontado.

A TMA é atrelada aos fluxos de caixas futuros, ou seja, esse cálculo é realizado para trazer ao valor presente (VPL) o saldo do fluxo de caixa de um determinado tempo futuro. Esse cálculo é necessário devido à desvalorização do dinheiro — afinal, R$ 1.000,00 que hoje financiam determinada cesta de produtos e serviços será insuficiente para adquirir os mesmos itens no decorrer de alguns meses, devido à inflação do período.

Dica: Planejamento financeiro empresarial: 4 dicas para começar o ano bem!

Agora que você entendeu o que é payback e como ele pode ser útil no estudo de viabilidade do seu investimento, que tal continuar se informando sobre o assunto? Assine nossa newsletter e fique por dentro de todos os nossos conteúdos!